* Liddy Oliveira *
Seja Bem-Vindo(a)!
"Descobrir consiste em olhar as mesmas coisas que todos olham e pensar algo diferente". Albert Szent-Gyorgyi
Este é um espaço de súbita lucidez com textos que procura desesperadamente a inteligência através da reflexão, da poesia, questionamentos e por alguns momentos da acidez de pensamentos.
Sobre a Autora
Lidiane Oliveira, por enquanto 27 anos. Administradora por formação e convicção, professora da área por paixão.
Quem sabe uma poetisa, simplesmente pela necessidade de expressar meus próprios delírios.
São Paulo - SP
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Na condição de educadora posso dizer que é simples transmitir informações através das exposições em sala de aula. Porém, sinto falta de ser questionada, interessantemente questionada.
Tenho percebido que, na grande maioria, existe uma gigantesca barreira entre aluno e professor no que diz respeito a questionamentos. Seja por parte do professor que muitas vezes se limita a expor o conteúdo sem fazer questionamentos para não “assustar” esse aluno ou pelo próprio aluno que prefere não perguntar para não incomodar a turma ou sentir-se ridicularizado diante da dúvida.
Percebi que somos, em toda a nossa vida escolar, ensinados a aprender ouvindo ou vivendo aquela experiência, mas que por pouquíssimas vezes somos instigados a questionar, realizar perguntas e extrapolar o conceito inicial discutido.
Temos limitado o potencial criativo do ser humano com tais práticas. Barramos o desenvolvimento do pensamento crítico e impedimos o crescimento da arte de criar.
Então, entenda esse texto como um convite a um novo momento, adentre a realidade do senso crítico, mergulhe pelas águas do questionamento aceitando que não haverá volta.
Nesse pensamento, lembrei-me do filme Matrix, quando Neo é encontrado por Morpheus e fica diante das pílulas azul e vermelha. Ali é necessária uma decisão: permanecer na ignorância que conserva suas vantagens ou descobrir a verdade por mais cruel que lhe pareça. Diria que, ao optarmos por um posicionamento mais questionador, receberemos lentes que nos trarão essa visão realista diante dos fatos.
Vale aqui afirmar que, questionar não é afrontar por afrontar. Se assim o for, perde-se o sentido. O questionamento serve de luz em meio à escuridão. Na verdade, o que é a escuridão senão a ausência de luz?
Na sociedade a qual hoje estamos inseridos, podemos dizer que os meios de comunicação contribuem para uma sociedade que não avalia as informações recebidas e muito menos que questione o sistema. A velocidade com que somos informados, a intensidade de dados e os altos (boas notícias) e baixos (notícias ruins) não nos fornece tempo suficiente para pensarmos, questionarmos ou sentirmos aquela informação da maneira adequada.
Portanto, a “famosa” zona de conforto realmente apresenta uma tranqüilidade incomparável, fazendo manutenção do status quo. Mantendo-nos fixos nesse momento que tende a, infelizmente, se eternizar.
Caminhar pelo deserto, enfrentar fortes tempestades de areia, a aridez desse lugar, a sede, a fome, o calor, não parece recompensador. Mesmo que a promessa de um OÁSIS adiante seja pregada com veemência. Não somos estimulados a enfrentar tais desafios. As dificuldades parece sobrepujarem os benefícios.
Além disso, tem a omissão propositada do Estado que prefere um povo inerte, que não reaja e muito menos questione suas ações.
Por isso, a maior dificuldade então é quebrar o paradigma, agir em sentido contrário ao comportamento generalizado da superpopulação.
Tenho percebido que, na grande maioria, existe uma gigantesca barreira entre aluno e professor no que diz respeito a questionamentos. Seja por parte do professor que muitas vezes se limita a expor o conteúdo sem fazer questionamentos para não “assustar” esse aluno ou pelo próprio aluno que prefere não perguntar para não incomodar a turma ou sentir-se ridicularizado diante da dúvida.
Percebi que somos, em toda a nossa vida escolar, ensinados a aprender ouvindo ou vivendo aquela experiência, mas que por pouquíssimas vezes somos instigados a questionar, realizar perguntas e extrapolar o conceito inicial discutido.
Temos limitado o potencial criativo do ser humano com tais práticas. Barramos o desenvolvimento do pensamento crítico e impedimos o crescimento da arte de criar.
Então, entenda esse texto como um convite a um novo momento, adentre a realidade do senso crítico, mergulhe pelas águas do questionamento aceitando que não haverá volta.
Nesse pensamento, lembrei-me do filme Matrix, quando Neo é encontrado por Morpheus e fica diante das pílulas azul e vermelha. Ali é necessária uma decisão: permanecer na ignorância que conserva suas vantagens ou descobrir a verdade por mais cruel que lhe pareça. Diria que, ao optarmos por um posicionamento mais questionador, receberemos lentes que nos trarão essa visão realista diante dos fatos.
Vale aqui afirmar que, questionar não é afrontar por afrontar. Se assim o for, perde-se o sentido. O questionamento serve de luz em meio à escuridão. Na verdade, o que é a escuridão senão a ausência de luz?
Na sociedade a qual hoje estamos inseridos, podemos dizer que os meios de comunicação contribuem para uma sociedade que não avalia as informações recebidas e muito menos que questione o sistema. A velocidade com que somos informados, a intensidade de dados e os altos (boas notícias) e baixos (notícias ruins) não nos fornece tempo suficiente para pensarmos, questionarmos ou sentirmos aquela informação da maneira adequada.
Portanto, a “famosa” zona de conforto realmente apresenta uma tranqüilidade incomparável, fazendo manutenção do status quo. Mantendo-nos fixos nesse momento que tende a, infelizmente, se eternizar.
Caminhar pelo deserto, enfrentar fortes tempestades de areia, a aridez desse lugar, a sede, a fome, o calor, não parece recompensador. Mesmo que a promessa de um OÁSIS adiante seja pregada com veemência. Não somos estimulados a enfrentar tais desafios. As dificuldades parece sobrepujarem os benefícios.
Além disso, tem a omissão propositada do Estado que prefere um povo inerte, que não reaja e muito menos questione suas ações.
Por isso, a maior dificuldade então é quebrar o paradigma, agir em sentido contrário ao comportamento generalizado da superpopulação.
Por quê? Essa sim considero uma boa pergunta.
Num primeiro momento, o questionamento representa a perturbação da própria paz e mostra verdades inquietantes que muitas vezes preferimos não saber. Mas, aí também encontramos suas vantagens. Ao questionar, descobrimos novas possibilidades, novos pensamentos, descobrimos que podemos criar as coisas. Desencadeamos o processo de mudança apesar, de parecer assustador ao primeiro contato.
O que seria do mundo se não fossem os grandes “criativos inventores”? Provavelmente ainda viveríamos da captação de energia entre a fricção de pedras, estaríamos nos movimentando a tração animal e não teríamos os muitos luxos que hoje podemos desfrutar.
Alguns filósofos vão afirmar que o auto-conhecimento é a chave que inicia esse processo crítico.
E tenho que concordar, pois, se não conhecemos a nós mesmos como poderemos construir o pensamento crítico? Questionar o que? Por que perguntar? Como fazê-lo? O que questionar?
Muito se fala de inteligência interpessoal, ou seja, a capacidade de se relacionar com diversas pessoas em diversos ambientes (definição simplista do conceito); estar no lugar do outro com empatia. Infelizmente, não numa mesma proporção, ouvimos sobre a inteligência intrapessoal que reflete o auto-conhecimento.
Não podemos nos esquecer que essa inteligência intrapessoal também deve fazer parte das habilidades humanas e aqui, dentro dessa discussão, podemos considerá-la fundamental para que o processo seja completo.
Finalmente, não poderia deixar de formular a “pergunta que não quer se calar”:
Quem é você? Por que você é você?
E se alguém tiver essa resposta não deixe de postar aqui e compartilhar com todos uma das grandes perguntas feita pela humanidade e que até o momento ninguém de fato conseguiu explicar. Não com a clareza da luz ao revelar o que outrora estava oculto na escuridão...
7 Comments:
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O ser humano é muito complicado mesmo!rs...
Achei interessante suas colocações. Perguntas como a :"quem sou eu?" acredito que nó, humanos, responderemos quando reconhecermos o outro como parte integrante do que sou. É no olhar do outro que me afirmo como ser humano e social e não nas coisas que os homens produzem para seu conforto individual.
Bjs
Eu sou um misto de dúvidas e certezas que me levam a rir e a chorar. E nesse duelo eu vou indo, tentando melhorar e vez em quando caindo ao ponto de querer parar. Mas... de que adiantaria tantas controvérsias, se eu não me colocar a disposição de tentar distingui-las???
Eu sou sim alguém que não pode, não deve e não vai parar. Se não... vou enlouquecer sem nada fazer. Prefiro enlouquecer tentando acontecer.
E sou eu, assim... assim sendo, assim aprendendo, assim buscando, assim errando... na certeza de aque de uma certa forma eu vou contribuir para algo melhorar ou piorar. Tomara que eu seja algo ou alguém do bem, pois acho que o mal, já tem muitos secretários.